data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Ebserh (divulgação)
Nesta sexta-feira, a equipe do Centro de Transplante de Medula Óssea (CTMO) do Hospital Universitário de Santa Maria (Husm) realizou, pela primeira vez, um transplante haploidêntico. Nessa modalidade de transplante, doador e receptor são 50% compatíveis, neste caso pai e filha. O procedimento durou cerca de 4h entre coleta da medula da doadora e infusão no paciente.
O diagnóstico de leucemia do técnico administrativo João Paulo Pasa, 65 anos, há cerca de 3 anos e meio, transformou a vida do funcionário da prefeitura de Santa Maria. De lá para cá, foram 8 internações no Husm para realizar o tratamento de quimioterapia e radioterapia. Em 2020, após a doença retornar, ele recebeu a notícia de que teria que fazer um transplante.
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O técnico conta que não queria realizar o procedimento, porque não tinha familiares para fazer o teste de compatibilidade. A esperança renasceu após contar o problema para a filha, cuja paternidade reconheceu quando já adulta.
- Eu achava que não iria conseguir doadores. Quando ela soube, se propôs a fazer o teste. Nessa necessidade ela veio me salvar - disse o pai enquanto aguardava a filha a fazer a coleta no bloco cirúrgico do hospital universitário.
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A filha, Naiana Munarini Pasa, internou na manhã da segunda-feira. Hoje, na sala 5 do bloco cirúrgico, cerca de 15 profissionais, entre médicos e enfermeiros, participaram do procedimento. O técnico João ficará, em média, 30 dias internado para acompanhamento clínico. Já a filha terá alta amanhã.
- Eu não tenho mais pai, não tenho mais mãe. Era sozinho. Agora eu quero viver porque, de novo, eu tenho família. Quero ficar perto da minha filha e acompanhar minha neta crescer - contou Pasa.
TRANSPLANTES
O Hospital Universitário realiza transplantes de medula desde a década de 90. No total foram 326 procedimentos. O transplante haploidêntico é relativamente novo e vem sendo realizado desde a última década.
- Essa modalidade é nova aqui no Hospital Universitário de Santa Maria. Com certeza, vamos fazer vários outros. O serviço vai aumentar e o Husm vai voltar a ser o que era há 20 anos, uma referência no Estado e no país - afirmou o médico.
*Com informações da Ebserh